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Como pode Deus me chamar se eu não sou santo?




Percebe-se claramente em todos os casos que Deus chama quem ele quer; que o chamado não depende das nossas qualidades, dos nossos méritos, mas sim do amor de predileção. Toda a Escritura nos ensina isso: Deus se adianta por amor a qualquer iniciativa do homem. Não fostes vós quem me elegestes, mas fui Eu quem vos elegeu; estas são palavras do Evangelho. A ti, a mim, a todos Deus escolheu por amor, nos associou à sua cruz e à sua glória. Ele nos pede seguir os seus passos dolorosos e ao mesmo tempo nos enche da experiência de um amor incomparável.

A cada dia vamos descubrindo essa infinita riqueza de Deus. Cada dia descubrimos que o fato de termos sidos chamado por Deus não tem nenhuma equiparação nesta vida: nem as maiores riquezas, nem os amores humanos mais nobres significam algo ante a possibilidade de sentir o seu amor um segundo. Que segurança! Que fortaleza diante de qualquer problema ou dificuldade nos dá a fé na sua presença! Deste modo compreendemos, cada vez melhor, a experiência de São Paulo, que dizia que nada podia separar-lhe do amor de Cristo.

Tomara pudéssemos transmitir aos homens de hoje esta experiência; não com palavras, mas com o testemunho da nossa vida. O testemunho fere as consciências adormecidas dos homens que jazem indiferentes ante a grande responsabilidade de viver e dar sentido às suas vidas. Nosso sentido cristão da vida deve ser a chama que encenda o amor entre os homens que se alimentam de ódios alimentados por ideologias e filosofias extremistas. A vivência de um Evangelho sem barreiras e sem interpretações pessoais deve converter-se na luz que ilumina este mundo que caminha na escuridão.
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